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Na esteira de um passado distante brotam sementes de âmago
e num recôndito sacrárop um iminente grito aguarda,
enquanto na penumbra da noite uma luz persiste ofegante
em quebrar a obscura névoa efesvescente.
No rochedo já o sangue seca à luz da manhã
e o estremecer da luz incendeia os corpos terrestres
e das entranhas do solo, enormes jazigos de vida ecoam no espaço
leves, brutos, eloquentes.
Dos altos ramos das àrvores fantasmas saltam rumo ao suícidio
e o seu sangue derramado alimenta a vida e a morte
o sangue dos fantasmas do passado e do porvir,
o sangue que alimenta a vida das sementes de âmago.
Na verdade,
caminhamos de olhos vendados em direcção incerta,
rompendo a obscuridade da incerteza em passos opacos,
deixando para trás somente um lastro vazio e pegadas sujas.
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